A escola de formação profissional criou um Clube de Inovação com o objetivo de canalizar os projetos das diferentes áreas que possam ser apresentados em convocatórias em toda a Catalunha. Este ano o centro obteve quatro prémios, nos concursos iFest!, 24 horas de Barcelona Innovation, FPChallenge ou FPemprèn Awardsresultante da iniciativa do centro de incentivar alunos com desafios de inovação.
Para aprofundar os detalhes do sistema e os objetivos doEscola do Trabalho falar com Daniel Escuerque é responsável pela relações com empresas e faz parte do corpo docente de Inovação, ou seja, um dos instigadores do Clube de Inovação. Escuer acompanha-nos numa cuidadosa viagem pelos ciclos de formação dos desafios que os alunos enfrentaram e das expectativas deum centro de EFP com cerca de 800 alunos.
O projeto apresentado por dois alunos do centro foi selecionado na convocatória deste ano para o concurso desafio iFest!, promovido pelo Governo Catalão. Um desafio proposto pelo festival Sónar, que tem como lema melhorar o sistema de transportes para quem frequenta os festivais urbanosreduzir as emissões de carbono e aliviar o congestionamento nas cidades.
P-. Como surge a ideia do projeto para um prescritor tecnológico como o Sónar?
UMA-. Bom, o desafio tratava da mobilidade sustentável, acho que é um tema que motivou os autores do projeto também pela relação com o festival de música. Eros Sancho, estudante de Gestão Administrativa e Ruth Vellido de Atividade Comercial, desenvolveram ambos a aplicação Festiver, uma plataforma multigestão que integra transporte, alojamento e compra de bilhetes para festivais e grandes eventos artísticos. Os alunos não propuseram um trabalho de código, desenvolveram uma versão “cosmética” das funções que a plataforma deveria ter, disponibilidade de transporte público para chegar aos eventos, possibilidade de partilha de veículos.
P-. E uma vez selecionado o projeto, qual o próximo passo?
UMA -. Além dos ingressos para festivais Sónar e Sónar+D o casal vai participar de 24 a 28 de junho num campus de trabalho em Portugal o que servirá para acelerar o desafio, o que significa que os técnicos estudarão se o projeto tem possibilidades ou não, poderão ser feitas correções, se necessário, para consolidar o produto. Obviamente, a ideia dos autores é que a plataforma possa ser exportada para outros festivais.
P-. O Clube de Inovação pode ser considerado uma ferramenta de motivação dos alunos?
R-. Claro que sim, primeiro pelo fato de implantar a pesquisa, desenvolver o projeto, e também aquele pouco de competitividade entre os centros. Olha, este ano foi um curso de muito “sucesso”, em março participamos das 24 horas de inovação em Barcelona, um dos alunos do centro participou do projeto vencedor. O FPChallenge é uma competição que se realiza em fases territoriais, e em terras de Lleida foi constituída uma equipa com representantes dos sete centros FP da capital que representaram Lleida na fase catalã, que venceram.
P-. Conte com a certificação Center of Excellence
R-. Há um ano e meio fomos classificados como centro de excelência, qualificação que só foi atribuída a três instituições de EFP na Catalunha. É um reconhecimento ao ciclo superior das Energias Renováveis, não é a especialidade que tem mais procura mas é a mais inovadora.
Estes estudos proporcionam formação para realizar a coordenação da montagem, comissionamento e gestão da operação e manutenção de parques e instalações eólicas, promover instalações, desenvolver projetos e gerir e realizar a montagem e manutenção de instalações solares fotovoltaicas, e gerir e supervisionar sua montagem e manutenção e realizar operação e manutenção de primeiro nível em subestações elétricas.
P-. Quais são os ciclos mais solicitados?
UMA -. Aproximadamente dois terços dos alunos fazem cursos de Comércio, Marketing ou Administração, embora a Escola do Trabalho ofereça formação em Madeira e Móveis, Eletricidade ou Robótica. Recorde-se que na grande maioria destes ciclos o setor industrial exige técnicos, porque atualmente existe uma grande escassez destes perfis profissionais.
P-. Qual é a relação do centro com o setor empresarial?
R-. Pois bem, para além de toda a gestão com os programas DUAL, o centro oferece às empresas a possibilidade de desenvolverem projetos que necessitem para a sua atividade. As tarefas que podem ser implementadas por estudantes e empregadores representam uma poupança significativa em recursos humanos. Trata-se de estabelecer sinergias para que os alunos tenham contacto direto com as empresas, o que os prepara para a incursão no mundo do trabalho.
O centro também realiza projetos internacionais com empresas e outros centros de formação, nomeadamente em Itália, Turquia, Hungria e Holanda. Intercâmbios de treinamento e também colaboração com projetos empresariais.