Fascinante: Eles nos lascam com implantes mais macios para máximo conforto cerebral
O CEO da Neurosoft vangloriou-se de que o novo implante cerebral da empresa é “cerca de 1.000 vezes mais macio” do que qualquer outro existente no mercado.
O novo implante cerebral flexível desenvolvido pela Neurosoft Bioelectronics foi testado em humanos pela primeira vez. Embora sejam necessárias mais pesquisas para provar sua segurança e eficácia, o dispositivo pode oferecer uma maneira mais segura de analisar e estimular o cérebro com impulsos elétricos precisos.
Demasiado difícil
A dificuldade em projetar implantes cerebrais eficazes vem do fato de que o cérebro humano é extremamente macio, quase como geleia ou tofu. Se o implante for muito duro, pode danificar o cérebro ou causar cicatrizes que prejudicam o seu funcionamento ao longo do tempo.
“Você quer evitar que o cérebro interaja com algo muito difícil”, explica Nicholas Vachikouras, CEO e fundador da Neurosoft. “Isso pode comprimir seu cérebro ou danificar os vasos sanguíneos”.
A solução mais suave
Os implantes Neurosoft são feitos de materiais muito mais macios do que os atualmente disponíveis no mercado. Eles também são incrivelmente flexíveis e finos. Essa combinação permite que o implante se ajuste com mais precisão às dobras do cérebro, proporcionando acesso a áreas que seriam inacessíveis com conjuntos de eletrodos rígidos.

“Outro aspecto é o tamanho dos sensores – eles são muito menores que os da concorrência”diz Vachikouras.
“Se você tiver mais pixels, terá uma imagem mais clara do que vê na tela.” Nesse caso “os pixels” são os eletrodos que registram sua atividade cerebral, e maior resolução significa dados mais precisos. Da mesma forma, quando usada para estimular o cérebro, a resolução mais alta garante que a corrente só será aplicada onde for necessária e não em áreas vizinhas do cérebro.
Testes humanos
A Neurosoft anunciou que testou seus novos implantes cerebrais flexíveis em três pessoas durante cirurgias cerebrais abertas (um paciente para remover um tumor cerebral e outros dois submetidos a uma cirurgia para tratar a epilepsia). Os testes foram limitados no tempo à duração da cirurgia em si, mas testes anteriores em animais mostraram que os implantes podem permanecer seguros e funcionais por até nove meses.
Próximos passos
A empresa planeja realizar mais testes do implante com mais seis voluntários. Os testes fornecerão feedback valioso que ajudará a refinar o design do implante, por exemplo, ajustando o comprimento do cabo e a localização do conector para facilitar o seu manuseio. A Neurosoft também planeja aumentar o número de eletrodos de 30 para 64 e aumentar ligeiramente sua densidade para torná-los ainda mais precisos.
Além do fornecimento planejado do implante a outros grupos de pesquisa, a Neurosoft está trabalhando de forma independente em duas aplicações. Uma delas é monitorar a atividade cerebral durante operações para remover tumores ou aliviar a epilepsia, que visa ajudar os cirurgiões a evitar afetar partes adjacentes do cérebro. A outra aplicação testada é o tratamento do zumbido, condição em que as pessoas ouvem sons de toque ou zumbido sem fonte externa, que podem ser insuportáveis para os pacientes e interferir no sono, na audição ou na concentração. Pesquisas anteriores sugeriram que a condição poderia ser tratada com estimulação cerebral, mas os implantes tradicionais não são adequados para acessar as regiões exatas do cérebro.