Jordi Estiarte é o prefeito de Bellpuig. Estreou na política há um ano.
Qual a sua avaliação deste primeiro ano à frente do conselho?
Foi um ano de aprendizagem, muito intenso, muito enriquecedor e altamente gratificante, embora não tenha sido fácil.
E o acordo de governança com a CUP?
Estamos muito felizes com isso. Bellpuig tem 8 dos 13 vereadores de partidos de esquerda, fato nunca antes alcançado. Há um ano todos apelamos à responsabilidade de podermos lançar um projecto municipalista, de esquerda, independentista e republicano. A comunicação é muito boa e o clima de cooperação e colaboração é imbatível.
E a relação com a oposição?
Penso que não foi uma oposição destrutiva. Exceto por alguns pequenos problemas, que sempre acontecem, o relacionamento é cordial.
Que projetos municipais promoveram?
Começamos a colher os frutos do claro compromisso que assumimos com a convivência, para promover a visibilidade da diversidade que forma o mosaico cultural de Bellpuig. Foi criada a Salam Babel, uma associação de mulheres muçulmanas, e assinamos um acordo com a comunidade islâmica, que fez uma recolha e quer destinar o dinheiro a toda a comunidade do município. Também iniciamos o projeto do cemitério muçulmano.
O outro eixo é o ambiente, queremos instalar painéis solares para que toda a energia que consumimos nos edifícios municipais seja verde.
Destacando também o círculo virtuoso entre cidadãos e representantes políticos, ouvimos todas as propostas e iniciativas que nos chegaram.
O último desafio que temos é melhorar as condições de trabalho dos trabalhadores municipais.
Como tem sido a pandemia?
A nível pessoal, a crise da Covid-19 provoca-me um duplo sentimento: de entusiasmo e de manter um compromisso firme com os cidadãos de Bellpuig, e de uma preocupação razoável.
Além disso, esta crise mostrou que o capitalismo liberal não nos defende de nada, pelo contrário.
Muita solidariedade?
Sim, a associação dos africanos esteve ao nosso serviço desde o início. Um grupo de mais de 60 jovens e uma rede de costureiras também se auto-organizaram.
As prioridades mudaram?
totalmente Nestes meses concentrámo-nos em disponibilizar toda a informação aos cidadãos através do site municipal, da aplicação Vilaconnect e das redes. Vamos agora promover uma campanha de incentivo ao comércio local e local, que tem sido financiada por particulares que querem ajudar, e temos também pendente um encontro com empresários. Também forneceremos cheques de consumo às famílias vulneráveis, que terão de gastar no comércio local para beneficiar os dois grupos mais afetados pela crise.