Núria Toledo, presidente da Admiral’s Cup Lights Association

Núria Toledo, presidente da Admiral’s Cup Lights Association

Laia Pedros

“Pede-se aos participantes que eliminem ou reduzam o consumo de álcool tanto quanto possível”

Núria Toledo é presidente da Admiral’s Cup Lights Association, entidade que organiza o festival Balaguer Transsegre e que no próximo fim de semana, de 7 a 9 de julho, celebrará a sua 33ª edição. Uma das principais novidades deste ano é a restrição ao consumo de álcool durante a descida dos barcos pelas águas do rio Segre, já que serão intensificadas as verificações de alcoolemia.

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Este ano, o festival Transsegre está na sua 33ª edição. Como isso mudou nessas mais de três décadas?

A festa cresceu em número de participantes e também em sua origem, antes era uma festa muito local e regional e agora é uma festa internacional. Todos os anos contamos com a participação de gangues da Holanda, Irlanda… É engraçado porque eles nos conhecem mais de áreas remotas que nunca imaginaríamos do que de outros lugares próximos.

A idade dos participantes da descida também mudou, antes havia pessoas mais velhas e agora a maior parte das gangues é formada por jovens. Esta é uma das razões pelas quais este ano impuseram medidas mais rigorosas relativamente ao consumo de álcool.

As verificações de alcoolemia serão intensificadas este ano?

Sim, na verdade consumir álcool na descida sempre foi proibido. Embora tenhamos tentado evitá-lo, é verdade que sempre fomos muito flexíveis. Este ano, porém, o Departamento do Interior já nos comunicou que os Mossos d’Esquadra vão realizar testes de bafômetro em motoristas de veículos que transportam barcos. À organização solicitamos que os tripulantes eliminem ou reduzam ao máximo o consumo de bebidas alcoólicas, sobretudo por questões de segurança e para evitar hipotermia. Entendo que alguém possa tomar umas cervejas antes de iniciar a descida mas nos últimos anos atingimos um consumo demasiado elevado de álcool na descida até ao rio.

Você incorpora alguma outra medida de segurança?

Sim, as pulseiras que entregamos aos tripulantes estarão identificadas com o número do seu barco e também solicitaremos o número de telefone de uma pessoa de contacto externa no momento do desembarque.

Também aumentamos a segurança para melhorar o acesso e controlar a chegada de todos os barcos, principalmente no sábado. Este ano todos os barcos terão que chegar à praia de Sant Llorenç de Montgai, não poderão sair do rio mais cedo porque a passagem estará bloqueada. Por outro lado, os condutores dos veículos que recolhem os barcos não poderão entrar até a chegada do barco para não desmoronar a entrada.

Quantas pessoas você espera na edição deste ano?

Nas últimas edições mobilizamos cerca de 3.000 pessoas e um máximo de 275 embarcações. Estamos encerrando as inscrições mas ainda há as de última hora, que, como sempre, são as daqui. A título de curiosidade dizer que este ano muitos dos participantes trazem-nos uma fotocópia do seu passaporte em vez do seu bilhete de identidade, pois o mesmo está caducado e não têm marcação prévia para o poderem renovar até aos meses de Setembro e Outubro.

E quantos vocês estão na organização?

Entre 10 e 15 durante o ano, enquanto no fim de semana do Transsegre podemos chegar aos setenta. Devo ressaltar que a organização mudou muito nos últimos anos, temos hoje duas faixas etárias bem distintas, os que já têm entre 40 e 50 anos e os que têm 18-20 anos. Estamos sentindo falta da franja intermediária, que ainda não nos envolvemos muito com a festa. A partir daqui faço um apelo para que caso haja algum grupo interessado em fazer parte da organização, entre em contato conosco, teremos o maior prazer. As gerações mais velhas já pedem um alívio geracional, mas também não podemos sobrecarregar os jovens dos 18 aos 20 anos com todo o trabalho e responsabilidade.

Que atividades paralelas preparou para a descida do rio Segre?

Na sexta-feira, dia 04/02, a partir das 11 da noite, desfrutaremos de uma apresentação da companhia de dança Montse Miret. Todos os anos convidamos uma escola ou organização diferente da cidade para nos oferecer um espetáculo de dança ou ritmo. Damos-lhes liberdade de escolha e facilitamos as diferentes instalações. Terminaremos a noite com a música dos frequentadores da festa, os dj’s Lokito, Oriol Garcia e Dubsound. Destes últimos devo dizer que são dois e um deles, o Eduard, faz parte da organização desde os 4 anos, ainda me lembro dele dirigindo o trânsito quando tinha apenas 6 ou 7 anos. Geralmente a noite de sexta-feira é mais para os jovens.

No sábado as apresentações musicais começarão a partir de 2/4 às 12h e teremos dia 13 de julho, Rock tambuls, Sixtus e DJ Paco Pil. No sábado as pessoas pedem-nos música mais dançante e festiva.

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