Como você se definiria e à produtora?
Marta: Barrios Producciones nasce da vocação e do esforço, a nossa paixão é o nosso trabalho. Somos uma produtora entusiasta, em contínuo crescimento, composta por profissionais altamente experientes. Estamos sediados em Madrid e Granada, mas cobrimos todo o território nacional. Atuamos em diversos ramos do audiovisual, pois contamos com uma grande equipe multidisciplinar que proporciona criatividade e design.
Eu sou Marta Barrios fundador da Barrios Producciones, da qual atualmente sou produtor, editor e diretor, também fui produtor criativo e executivo, editor, editor e diretor de diversos projetos audiovisuais, muitos dos quais premiados; Também trabalhei como professor na Universidade UTAD de Madrid e sou autor de um livro sobre direção de atuação.
Eu sou Fernando Osuna Mascaróprodutor e produtor criativo, roteirista e diretor de diversos projetos audiovisuais, alguns dos quais conquistaram o primeiro lugar em importantes festivais de cinema; em 2021, durante a pandemia, fui escolhido entre mais de 100 diretores de todo o mundo para fazer o projeto publicitário de “Médicos por el mundo”.
Como você conheceu o Festival Galacticat?
Através das redes sociais. Vimos no Instagram, onde detalharam que tínhamos um certo tempo para enviar nossos projetos e estávamos bem no meio do processo de desenvolvimento de uma série, e achamos que era a oportunidade perfeita. Embora seja verdade que aproveitamos para submeter vários projetos, incluindo a série, pensamos que seria melhor submeter todos os projetos que pudessem caber. E bem, tivemos sorte que a série foi selecionada.
Por que você se inscreveu?
Fernando: Bom, basicamente temos muitos projetos desenvolvidos e procuramos sempre trabalhar para conseguir apoio e financiamento para levá-los adiante, e esse tipo de evento nos ajuda muito. Somos uma produtora muito criativa e sempre precisamos de um pouco de apoio, tanto logístico quanto financeiro.
Marta: Sim, vimos a oportunidade de conhecer outros produtores, aos quais não tínhamos acesso antes, e conversar diretamente sobre um projeto, que eles já haviam selecionado e visto, e isso nos abriu muitas portas.
Que projetos você apresentou?
Fernando: Bem, apresentamos um curta-metragem chamado ‘O rei rato‘, que apresentamos a um lançando em Madrid e foi finalista. Trata da depressão, assunto que acreditamos que precisa ser falado, em forma de conto.
Marta: Um filme de animação do gênero comédia, um holocausto zumbi em Barcelona, sob o nome de ‘Infecção em Barcelona‘.
Fernando: E finalmente apresentamos ‘WASD‘ — essas são as letras do teclado usado para jogar videogame — que é a série que Galacticat ganhou. Sua trama gira em torno de adolescentes problemáticos, que através de uma competição de videogame criam um grupo de amigos com os quais não só conseguem vencer a competição, mas também resolver seus problemas.
Como você viveu a experiência?
Marta: O Galacticat tem uma característica que o diferencia, que é permitir conhecer pessoas de outra área que não é simplesmente a apresentação do tomonde tudo é um pouco mais legal. Isto deu-nos a oportunidade de conhecer, além das produtoras, os restantes participantes, dos quais acabámos por nos tornar amigos, e pudemos trabalhar com alguns deles.
Fernando: De lá levamos muitas amizades conosco, porque o tratamento foi muito bom: não íamos apenas ao Meeting e chega, mas também realizamos outras atividades paralelas, como excursões, jantares, atividades, etc.
O que este Festival contribuiu para a sua carreira profissional? E profissionalmente?
Fernando: Para mim, pessoalmente, ajudou-me muito no próprio projecto que estávamos a apresentar, pois tanto o tratamento que recebemos como a análise que foi feita ao projecto pelos produtores me deram muita confiança no projecto e profissionalmente.
Marta: Por outro lado, tínhamos uma série que já estava em fase de pré-produção, que já estávamos coproduzindo com outra produtora. Mas, acompanhando a Galacticat, vimos a oportunidade de unir forças com a produtora que selecionou a série, pois percebemos que nos enquadramos em muitos aspectos com ela, e propusemos-lhes fazer parte dela. Atualmente estamos realizando este projeto; na verdade, começaremos a filmar agora em setembro.
Fernando: E, a nível pessoal, deu-me muita alegria, porque conhecemos muitas pessoas que estão na mesma situação que nós, lutando para realizar projetos e poder viver deles de forma digna. Basicamente me enriqueceu em todos os níveis.
Marta: Sim, acho que todo mundo tem projetos na gaveta, porque é muito difícil encontrar alguém que te ouça, e esse tipo de evento, como o Galacticat, permite encontrar pessoas que se interessem pelo que você faz, e isso motiva você muito, ganhando ou não
Fernando: E bem, também pudemos descobrir Tàrrega, que não conhecíamos.
Qual foi o processo de seleção dos diferentes trabalhos?
Fernando: Tivemos que fazer um tomtodos os participantes tiveram um minuto para explicar nossos projetos diante das produtoras, e então o júri do Galacticat, secretamente, votou qual projeto achavam mais interessante e, bom, o nosso venceu. Posteriormente, tivemos várias reuniões com os vários produtores, mas houve uma que desde o primeiro momento nos disse que estava interessada no nosso projeto, do qual gostamos muito, e foi com ela que decidimos filmar. Na verdade, não entregamos mais o projeto em nenhum outro lugar e já estamos produzindo a série.
Você recomendaria que produtores emergentes ou jovens participassem do Galacticat?
Marta: Claro, e mais ainda: quando tivermos oportunidade e tempo para apresentar novos projetos fá-lo-emos, sem pensar duas vezes.
Fernando: Exatamente, quando terminarmos o projeto que temos em mãos, daqui a um ou dois anos, provavelmente nos apresentaremos novamente.
Que conselho você daria aos participantes deste ano?
Fernando: Dir-lhes-ia para serem eles próprios, ou seja, para apresentarem o projecto com honestidade e sinceridade, não querendo passar a imagem de serem mais do que são.
Marta: E acho que você também deveria estar aberto para ouvir o que os produtores têm a dizer, já que no tom caímos no erro de pensar que só fala o que apresenta, mas tem mesmo que ser um diálogo, ouvir o que os produtores dizem e talvez eles te indiquem a direção que querem que você siga.
Fernando: Sim, deixe claro aos participantes que vão conversar com as pessoas, que não devem ter medo e apresentar o projeto de forma humilde e honesta.